quarta-feira, 8 de outubro de 2014




 SOCIOLINGUÍSTICA - A LÍNGUA E SUAS VARIAÇÕES

       Qualquer comunidade formada por indivíduos socialmente organizados dispõe de recursos e métodos para os processos comunicativos que lhes são próprios. Estes se valem das mais diversas possibilidades significativas para facilitar este processo
entre seus constituintes e agilizar a interação entre si.
          Sem dúvida, a língua é o instrumento mais utilizado por estas comunidades e, como as mesmas são heterogêneas, multifacetadas e sujeitas a constantes modificações, ela (a língua) sofre, interna e externamente, a influência dessas mudanças, conservando apenas a sua estrutura básica. É através de seus complexos sistemas de signos que a língua preenche as necessidades mais rudimentares e os mais complicados arranjos e combinações que se formam na mente humana para expressar seus sentimentos, seus pensamentos e suasvontades. Portanto, torna-se incompreensível a tentativa de uniformização e padronização da língua, uma vez que é ela também produto dessas comunidades, é o retrato da história, da evolução que caracteriza esses grupos sociais e das manifestações políticoculturais dos mesmos. A esse respeito, afirma Houaiss (2008):
Pela língua o homem exerce um poder de significação que transcende a função de nomear os dados ‘objetivos’ de sua experiência cotidiana: o papel da linguagem na expressão de ‘conceitos potencialmente significativos’ torna o ser humano capaz de criar os universos de sentido que circulam na sociedade sob a forma de enunciados/textos.

Prof. Ângelo Renan A. Caputo
Especialista em Linguística Textual


 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Análise do vídeo "TV BRASIL - A língua falada e a língua escrita"

1. Discorra acerca das concepções de língua que subsistem as posições divergentes dos professores que aparecem envolvidos na discussão.

Marcos Bagno, defende que a língua falada no Brasil só se chama português por questões históricas. E que, ao contrário do que muito pensam, não existe um abismo entre língua falada e escrita. O que no Brasil é condenado, em Portugal, por exemplo, é totalmente aceito falar “a gente fomos”, “a gente queremos”. As gramáticas ainda se prendem a um português ultrapassado pré-modernista. A norma padrão brasileira é baseada na fala dos portugueses, eles falam mais próximo da norma culta. Para Sérgio Nogueira, deve-se, sim, lutar contra o preconceito linguístico, mas ele teme que essa variação seja má interpretada e, se os professores não estiverem preparados, pode haver uma acomodação. Ele ainda defende que não existe pecado no ensino da língua padrão. E não entende por que ridicularizaram os professores que valorizam o ensino da Língua Padrão.

2.  Você concorda com o apresentador do programa quando o mesmo afirma que falamos o mesmo idioma que falam os portugueses? Justifique sua resposta.

Ao posicionar-se quanto à semelhança entre o português do Brasil e o português de Portugal, o apresentador leva em consideração os aspectos da fala e da escrita de ambos, partindo de uma perspectiva de que o português falado no Brasil possui um certo distanciamento no que diz respeito a fala e a escrita, o que, segundo ele, não acontece na língua lusitana. Entretanto, deve-se considerar que as características de cada língua, visto que o “português brasileiro” apresenta variações regionais, situacionais, geográficas e sociais, já em Portugal, isso é quase inexistente, pois até pessoas de camadas populares, como cita o apresentador, não apresentam variações na forma de falar e de escrever. Por exemplo, no português de Portugal se diz “Dá-me um presente?” e se escreve essa sentença da mesma forma. No português do Brasil pode-se notar na escrita esta mesma frase, mas na oralidade é pouco provável que isto ocorra.

Nota-se, portanto, que a língua portuguesa falada no Brasil apresenta algumas diferenças em relação à língua falada em Portugal. Além disso, as variações vocabulares, fonéticas e sintáticas entre as línguas são existentes e, também, devem ser consideradas.

3 Posicione-se quanto à questão polemizada acerca do uso de variantes da  nossa língua portuguesa nos livros didáticos. Pense na seguinte fala do apresentador: "'Os livro' não fere apenas a concordância, fere a nossa compreensão". Embase seu posicionamento.

Com o advento dos estudos linguísticos, a Língua Portuguesa sofreu, e ainda sofre significativas modificações, as quais dizem respeito aos objetos de ensino de nosso idioma. Considerando a língua como uma entidade dinâmica, flexível e vulnerável a alterações, o trabalho que a envolve em sala de aula não pode se privar de considerar esse fato. Seria benéfico, portanto, que fosse aplicado aos livros de didáticos o ensino da linguagem informal. Porém, não adotando-a como um “padrão” para os livros, mas sim como um aparato de aquisição de conhecimentos quanto a nova roupagem da língua, visando desenvolver a competência comunicativa dos usuários da língua (falante/escritor/leitor), isto é, a capacidade do usuário de empregar adequadamente a língua em diversas situações de comunicação. 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Essa frase do livro "A Língua de Eulália" chamou-nos muita atenção..

 Or tu chi se’, che vuoi sedere a scranna / Per giudicar da
lungi mille miglia, / Con la veduta corta d’una spanna? (Divina Comédia, Dante.)

Tradução: “Quem você, tão presunçoso, pensa que é para julgar de coisas tão elevadas com a 
curta visão de que dispõe?" 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014