Análise do vídeo "TV BRASIL - A língua falada e a língua escrita"
1. Discorra acerca das concepções de língua que subsistem as posições divergentes dos professores que aparecem envolvidos na discussão.
Marcos Bagno, defende que a
língua falada no Brasil só se chama português por questões históricas. E que,
ao contrário do que muito pensam, não existe um abismo entre língua falada e
escrita. O que no Brasil é condenado, em Portugal, por exemplo, é totalmente
aceito falar “a gente fomos”, “a gente queremos”. As gramáticas ainda se
prendem a um português ultrapassado pré-modernista. A norma padrão brasileira é
baseada na fala dos portugueses, eles falam mais próximo da norma culta. Para Sérgio
Nogueira, deve-se, sim, lutar contra o preconceito linguístico, mas ele teme
que essa variação seja má interpretada e, se os professores não estiverem
preparados, pode haver uma acomodação. Ele ainda defende que não existe pecado
no ensino da língua padrão. E não entende por que ridicularizaram os
professores que valorizam o ensino da Língua Padrão.
2. Você concorda com o apresentador do programa quando o mesmo afirma que falamos o mesmo idioma que falam os portugueses? Justifique sua resposta.
Ao posicionar-se quanto à
semelhança entre o português do Brasil e o português de Portugal, o
apresentador leva em consideração os aspectos da fala e da escrita de ambos,
partindo de uma perspectiva de que o português falado no Brasil possui um certo
distanciamento no que diz respeito a fala e a escrita, o que, segundo ele, não
acontece na língua lusitana. Entretanto, deve-se considerar que as
características de cada língua, visto que o “português brasileiro” apresenta variações
regionais, situacionais, geográficas e sociais, já em Portugal, isso é quase
inexistente, pois até pessoas de camadas populares, como cita o apresentador,
não apresentam variações na forma de falar e de escrever. Por exemplo, no
português de Portugal se diz “Dá-me um presente?”
e se escreve essa sentença da mesma forma. No português do Brasil pode-se notar
na escrita esta mesma frase, mas na oralidade é pouco provável que isto ocorra.
Nota-se, portanto, que a
língua portuguesa falada no Brasil apresenta algumas diferenças em relação à
língua falada em Portugal. Além disso, as variações vocabulares, fonéticas e
sintáticas entre as línguas são existentes e, também, devem ser consideradas.
3 Posicione-se quanto à questão polemizada acerca do uso de variantes da nossa língua portuguesa nos livros didáticos. Pense na seguinte fala do apresentador: "'Os livro' não fere apenas a concordância, fere a nossa compreensão". Embase seu posicionamento.
Com o advento dos estudos linguísticos, a Língua
Portuguesa sofreu, e ainda sofre significativas modificações, as quais dizem
respeito aos objetos de ensino de nosso idioma. Considerando a língua como uma
entidade dinâmica, flexível e vulnerável a alterações, o trabalho que a envolve
em sala de aula não pode se privar de considerar esse fato. Seria benéfico,
portanto, que fosse aplicado aos livros de didáticos o ensino da linguagem
informal. Porém, não adotando-a como um “padrão” para os livros, mas sim como
um aparato de aquisição de conhecimentos quanto a nova roupagem da língua,
visando desenvolver a competência comunicativa dos usuários da língua
(falante/escritor/leitor), isto é, a capacidade do usuário de empregar
adequadamente a língua em diversas situações de comunicação.